sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Papa Francisco chega à Geórgia


Pontífice seguirá depois para o Azerbaijão. 
Ele foi recebido pelo presidente e pelo patriarca da Geórgia, Elías II.

Da EFE
Papa Francisco foi recebido Patriarca da Geórgia, Elías II, ao chegar ao aeroporto de Tbilisi, capital da George, na manhã desta sexta-feira (30) (Foto: Ivan Sekretarev/AP)Papa Francisco foi recebido Patriarca da Geórgia, Elías II, ao chegar ao aeroporto de Tbilisi, capital da George, na manhã desta sexta-feira (30) (Foto: Ivan Sekretarev/AP)
Papa Francisco iniciou nesta sexta-feira (30) uma visita ao Cáucaso. Nesta manhã ele chegou a Tbilisi, capital da Geórgia, e, no domingo, seguirá para o Azerbaijão.

O pontífice foi recebido pelo presidente da Geórgia, Giorgi Margvelashvili, e sua esposa, além do presidente do parlamento, David Usupashvili, e do patriarca da Geórgia, Elías II.
Após deixar o aeroporto, Francisco se dirigiu rumo ao palácio presidencial, para realizar uma visita de cortesia a Margvelashvili a sós e depois assistir a uma recepção com 300 personalidades políticas, da sociedade civil, religiosa e o corpo diplomático.

No centro de Tbilisi e suas principais avenidas, como a Rustaveli, foram colocadas bandeiras georgianas e do Vaticano por ocasião da visita.
No caminho, um pequeno grupo de ortodoxos se manifestou com cartazes de "o Papa não é bem-vindo na Geórgia" em protesto pelo que consideram uma viagem proselitista para "expandir doutrinas errôneas".
Ainda nesta manhã, o papa se reunirá com Elías II e mais tarde, na última reunião do dia, encontrará com assírios-caldeus na igreja caldéia de São Simón Bar Sabbae.

Voo
Durante o voo para Geogia, em que foi acompanhado por 70 jornalistas, o pontífice confessou ter pouco apreço pelas viagens, segundo a Efe. "Esta viagem será breve, graças a Deus e em três dias estamos outra vez em casa".

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Papa diz que jornalismo com fofoca ou que fomenta o medo é 'terrorismo'


Papa Francisco falou a líderes de sindicato de jornalistas da Itália.
'Você pode matar uma pessoa com a língua", afirmou em reunião.

Da Reuters
O Papa Francisco conduz audiência semanal na Praça São Pedro, no Vaticano, na quarta (21) (Foto: Reuters/Remo Casilli)O Papa Francisco conduz audiência semanal na Praça São Pedro, no Vaticano, na quarta (21) (Foto: Reuters/Remo Casilli)
O jornalismo baseado em fofocas ou boatos é uma forma de "terrorismo", e veículos de mídia que estereotipam populações inteiras ou que fomentam o medo dos imigrantes estão agindo destrutivamente, disse o papa Francisco nesta quinta-feira (22).
O papa Francisco, que fez seus comentários ao se dirigir a líderes do sindicato nacional de jornalistas da Itália, disse que os jornalistas têm que se superar na busca da verdade, particularmente em uma era de noticiário 24 horas por dia.
Espalhar rumores é um exemplo de "terrorismo, de como você pode matar uma pessoa com a língua", disse. "Isso é ainda mais verdadeiro para jornalistas, porque eles podem alcançar a todos, e essa é uma arma muito poderosa".
Na Itália, muitos jornais são altamente politizados e usados com frequência para desacreditar os que têm opiniões políticas diferentes, às vezes noticiando boatos sem fundamentos sobre a vida pessoal de tais indivíduos.
Em 2009, vários veículos de mídia da família do então primeiro-ministro Silvio Berlusconi foram fortemente criticados pelo sindicato de jornalistas por causa de matérias que questionavam a confiabilidade de um magistrado que emitiu um veredicto desfavorável a uma empresa de propriedade dos Berlusconi.
Francisco, que defendeu em muitas ocasiões os direitos de refugiados e imigrantes, disse que o jornalismo não deveria ser usado como uma "arma de destruição contra pessoas e até povos inteiros".
"Nem deveria fomentar o medo perante eventos como a imigração forçada devido à guerra ou à fome", acrescentou.
No ano passado, o jornal de direita "Libero" deu uma manchete sobre os ataques em Paris que mataram cerca de 130 pessoas falando nos "bastardos islâmicos".
Outro diário de direita, o "Il Giornale", publicou no ano passado uma reportagem sobre a situação caótica na Líbia e o risco de que militantes pudessem entrar na Itália com o seguinte título: "O Estado Islâmico está chegando. Vamos nos armar". 

Postado por Carlos PAIM