segunda-feira, 9 de junho de 2014

Papa Francisco não foi cúmplice da ditadura, diz Nobel da Paz

Adolfo Pérez Esquivel é ganhador do prêmio Nobel da Paz e renomado militante dos direitos humanos
Foto: AFP
O papa Francisco não foi cúmplice da ditadura argentina (1976-1983), assegurou nesta quinta-feira, em Roma, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz e renomado militante dos direitos humanos.
"O Papa não teve nada a ver com a ditadura. Não foi cúmplice da ditadura, não colaborou com ela. Preferiu uma diplomacia silenciosa", afirmou Pérez Esquivel em coletiva de imprensa realizada ao final de uma reunião com o pontífice argentino no Vaticano.
"Dentro da hierarquia católica argentina houve, sim, alguns bispos cúmplices com a ditadura, mas não Bergoglio", acrescentou o ativista.
"Houve poucos bispos que foram companheiros de luta contra a ditadura", reconheceu Pérez Esquivel, que foi recebido pelo Papa em sua biblioteca particular no palácio apostólico.
"Foi um reencontro muito emotivo, apesar de já nos conhecermos", contou, depois de assegurar que conversou com o pontífice argentino diferentes temas e, em particular, sobre a defesa dos direitos humanos.
"O Papa disse com clareza que é preciso buscar a verdade, a justiça e a reparação", assegurou o Nobel da Paz 1980.
O Vaticano já chamou de caluniosas e difamatórias as acusações de que o então jesuíta Jorge Bergoglio não teria feito o suficiente para proteger os padres sequestrados e torturados pela ditadura.

domingo, 8 de junho de 2014

Presidentes palestino e israelense rezam pela paz no Oriente Médio

Eles começaram oração na presença do Papa Francisco e outros líderes.
Encontro ocorre nos Jardins do Vaticano, que não tem conotação religiosa.

Da EFE
O papa Francisco, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, iniciaram oração neste domingo (8) nos Jardins do Vaticano (Foto: AP Photo/Gregorio Borgia)O papa Francisco, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, iniciaram oração neste domingo (8) no Vaticano (Foto: AP Photo/Gregorio Borgia)
O papa Francisco, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, iniciaram neste domingo (8), nos Jardins do Vaticano, uma oração conjunta pela paz no Oriente Médio.
A cerimônia começou com uma apresentação musical. O local escolhido, que não tem conotação religiosa, é um gramado de forma triangular entre a Casina Pio IV, sede da Academia Pontifícia de Ciências, e os Museus do Vaticano, rodeado de arbustos e com vista para a cúpula de São Pedro.
O papa Francisco, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, iniciaram oração neste domingo (8) nos Jardins do Vaticano (Foto: AP Photo/Gregorio Borgia)O papa Francisco, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, iniciaram oração neste domingo (8) nos Jardins do Vaticano (Foto: AP Photo/Gregorio Borgia)
 
Peres foi o primeiro a chegar ao Vaticano. Ele foi recebido pelo Papa Francisco na entrada de sua residência, a Casa Santa Marta. Cerca de 15 minutos depois foi a vez de Abbas ser recebido pelo Papa no mesmo local.
Francisco conversou por instantes com os dois. Em seguida, os três, na companhia do patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, seguiram para o local escolhido para a oração, nos Jardins do Vaticano.
Após uma apresentação musical, os representantes das três religiões monoteístas - judeus, cristãos e muçulmanos - terão respectivamente um tempo para rezar sobre cada um dos temas escolhidos de comum acordo: a "criação" que une a todos como irmãos, o "pedido de perdão" e finalmente a "invocação pela paz".
Os judeus rezarão em hebraico, os cristãos em inglês, árabe e italiano, e depois os muçulmanos em árabe. Posteriormente, em uma segunda etapa, o Papa e os dois presidentes farão cada um sua própria invocação pela paz.
O encontro será encerrado com um "gesto comum de paz": os três darão as mãos e depois plantarão uma oliveira. Um curto encontro a portas fechadas no Pavilhão da Academia Pontifícia de Ciências encerrará o encontro. Os dois presidentes deixarão posteriormente o Vaticano.
As delegações contarão com 15 a 20 pessoas cada uma, declarou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.
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