Papa Francisco defende reforma na Igreja Católica
Primeiro documento oficial escrito pelo Papa, sugere comunidade religiosa mais aberta às mulheres e aos jovens, sem ultrajar a experiência e sabedoria dos mais velhos.
Escrito em espanhol, o documento fala do projeto que o Papa pensa para a Igreja. Um papado convertido propõe Francisco, que se envergonha dos pecados cometidos pelos que vestem a batina.
Um governo no qual os bispos participam das decisões centrais. Uma comunidade religiosa mais aberta às mulheres e aos jovens, sem ultrajar a experiência e a sabedoria dos mais velhos. Uma igreja que não se cale diante da injustiça.
“Vivemos numa economia que mata”, afirmou o Papa. “Longe de mim propor um populismo irresponsável, mas a economia não pode mais receitar remédios que se tornam venenos”, disse Francisco.
No documento chamado de Exortação Apostólica, o Papa recomenda que os políticos sejam capazes de rever as raízes profundas do mal do nosso mundo.
Segundo ele, a política é uma das formas mais preciosas de caridade, porque trabalha pelo bem comum.
Quanto ao aborto, a Igreja não muda a sua posição, mas o Papa recomenda compreensão. E reserva uma palavra de afeto aos divorciados que se casaram de novo e que, hoje, não podem comungar: a eucaristia não é um prêmio para os perfeitos, mas um alimento também para os fracos.
A Exortação é mais significativa do que a Carta Apostólica, mas menos importante do que a Encíclica. Só que neste caso, pela abrangência dos temas que toca, e pelas reformas que sugere, o documento já está sendo considerado como o mais importante deste pontificado.