Igreja Católica quer evitar divulgação de documentos judiciais sobre abusos
Nova York, 12 jun (EFE).- A Igreja Católica pediu hoje ao Supremo Tribunal do estado americano de Connecticut para que reconsidere sua decisão de permitir que milhares de documentos judiciais sobre supostos casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes venham a público, informou hoje a diocese de Bridgeport em seu site.
Em maio, este tribunal decidiu que as mais de 12 mil páginas de documentos relacionados a processos judiciais enfrentados por seis membros do clero local poderiam ser divulgados, como pediam os jornais "The New York Times", "The Washington Post" e "The Boston Globe".
"Essa decisão desperta preocupações significativas e merece ser revisada pela totalidade dos integrantes do tribunal" e não apenas parte deles, argumenta a diocese no recurso de apelação apresentado hoje.
Os documentos pedidos pelos veículos de imprensa correspondem a 26 processos apresentados contra seis sacerdotes acusados de terem abusado sexualmente de menores na diocese de Bridgeport e cujos casos foram resolvidos em 2001.
Os jornais querem ter acesso a essas informações para saber qual foi a atitude do cardeal Edward Egan, então bispo de Bridgeport, diante das acusações apresentadas contra seus sacerdotes.
Egan foi bispo dessa diocese entre 1988 e 2000, e quando abandonou o cargo para liderar a arquidiocese de Nova York, foi acusado de não ter comunicado às autoridades sobre as queixas recebidas em relação a seus sacerdotes e de deixar que seguissem com seus trabalhos frequentes.
Para a diocese de Bridgeport, a decisão judicial que permite a divulgação dos documentos viola a privacidade e os direitos constitucionais dos envolvidos.
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