Vatiano volta a condenar o Holocausto e declarações de lefebvrianos
Cidade do Vaticano, 30 jan (EFE).- O Vaticano voltou hoje a condenar o Holocausto e a negação do mesmo feita por um bispo e um sacerdote lefebvriano, ao afirmar que quem nega este episódio ignora a cruz e que é "muito grave" que este revisionismo saia "da boca de um sacerdote ou de um prelado".
"Quem nega a Shoah (Holocausto) não sabe nada nem do mistério de Deus nem da Cruz de Cristo e é muito mais grave se a negação sai da boca de um sacerdote ou de um bispo, ou seja, de um ministro cristão, esteja unido ou não à Igreja Católica", afirmou hoje o porta-voz do Vaticano, o jesuíta Federico Lombardi.
Em um editorial intitulado "Shoah e mistério de Deus", lido na "Rádio Vaticano", Lombardi lembrou as palavras de Bento XVI no último dia 28 quando disse que a Shoah "tem que fazer refletir sobre o imprevisível poder do mal quando conquista o coração do homem".
O jesuíta afirmou que Bento XVI "não só condenou qualquer forma de esquecimento e de negação da tragédia do extermino de seis milhões de judeus", mas também pediu um exame de consciência de cada homem para que se pergunte pelas causas desta tragédia.
Lombardi acrescentou: "não podemos e não devemos negar o Holocausto".
Com este novo discurso de Lombardi, o Vaticano condena as afirmações do bispo Richard Williamson, que negou o Holocausto e a existência das câmaras de gás, e as pronunciadas ontem pelo sacerdote lefebvrianos Floriano Abrahamowicz, que apoiou as teses revisionistas de seu companheiro.
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