sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Papa admite uso de contraceptivos em países afetados pelo vírus da zika

Como forma de combate à disseminação do vírus da zika, o Papa Francisco admitiu, nesta quinta-feira (18), o uso de métodos pra evitar a gravidez.
No avião que levou Francisco do México de volta a Roma, o Papa sugeriu que as mulheres ameaçadas pelo vírus da zika podem usar métodos contraceptivos.

“Evitar a gravidez é um mal menor. Em alguns casos, como esse, é aceitável”, disse Francisco.

O Papa não falou especificamente sobre o uso da camisinha. Mas criticou duramente o aborto para evitar o nascimento de bebês com microcefalia.

“O aborto é um crime. Matar uma pessoa pra salvar outra é o que a máfia faz. É um mal absoluto", declarou.
Ao ser questionado sobre o documentário da rede britânica BBC que revelou uma amizade intensa entre o Papa Joao Paulo II e uma mulher casada, disse que conhecia a amizade entre os dois. E que a amizade com uma mulher não é pecado.
“Um homem que não sabe ter uma boa relação com uma mulher é um homem a quem falta alguma coisa. As mulheres nos dão muita riqueza, e olham as coisas de outro modo”, disse.
O Papa Francisco também respondeu a uma pergunta sobre Donald Trump, pré-candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos.
Trump disse que construiria um muro para impedir a entrada de imigrantes mexicanos no país.

“Uma pessoa que pensa apenas em construir muros e não construir pontes não é um cristão”, disse Francisco.
Trump respondeu: "Se e quando o Vaticano fosse atingido pelos terroristas do Estado Islâmico, eu tenho certeza de que o Papa iria desejar e rezar para que eu fosse o presidente dos Estados Unidos”.
Ainda durante o voo, o Papa falou sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, que está sendo votada na Itália. Francisco disse que Papa não se mete na política italiana e nem de qualquer outro país.


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